Nos últimos dias com o agravar da situação económica do país, com consequência do facto da Standard & Poor ter baixado o ranking da divida portuguesa, alguns meios de comunicação social, nomeadamente os televisivos, efectuaram sondagens sobre se os portugueses estariam dispostos a ajudar o seu país, ou por outras palavras, se os portugueses estariam dispostos a abdicar de parte ou até mesmo de todo o seu subsídio de férias e de Natal para ajudar o país. Portanto, o que perguntaram aos portugueses é se estes estão dispostos a ser solidários com o seu país? Todos nós sabemos que os portugueses são um povo solidário: basta pensar nas situações recentes da Madeira e do Haiti. Eu não coloco em dúvida a solidariedade dos portugueses, o que questiono é se mesmo perante a sucessão de situações de forte dúvida ética e moral que todos os dias são notícia, com o estado a que a justiça social chegou (para não falar na saúde e educação) como poderemos ser encorajados a continuar a ser solidários? O que nos estão a pedir é para contribuir para uma causa sabendo que, muito provavelmente, a nossa contribuição vai ser desbaratada em projectos megalómanos e de viabilidade económica duvidosa! No imediato, Portugal vai pedir emprestado 2 mil milhões de Euros para ser solidário com a Grécia, o que parece um contra-senso, mas o facto de pertencermos ao Euro a tal nos obriga.
O desafio actual é o de pensar global, o de ser global, mas não se esqueça que será mais uma vez a sua solidariedade pessoal que estará no curto prazo a ser novamente questionada. Porque a parte influência o todo por dele fazer parte, lembre-se de ser solidário!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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