Nos últimos anos os portugueses perderam o hábito de poupar. E isso não se deve a dificuldades em (realmente) conseguir poupar. É mesmo a perda de um hábito. Pior: não apenas perderam o hábito de poupar, como adquiriram o hábito de se endividarem. Recorrer ao crédito tornou-se algo normal, sendo que muitas vezes é um acto rotineiro, em cujas consequências já nem se pensa. E hoje é possível comprar praticamente tudo a crédito... Mas sobre isto falaremos noutra ocasião.
A importância de poupar...
Há dias, pela mão amiga do meu colega Alfredo Simões, foi-me sugerida a leitura de um livro muito interessante, referenciado neste blogue como sendo um livro que precisamos de ler: “O Homem Mais Rico da Babilónia”, escrito por George S. Clason há mais de 80 anos que, em curtas histórias, apresenta (entre outras coisas) “sete soluções para carteiras vazias”. A primeira solução consiste em poupar 10% do rendimento. Como acontece com quase todas as ideias realmente simples, também esta é fantástica. Uma pessoa que tenha rendimentos mensais de 1.000 euros, se poupar e investir todos os meses 100 euros, mesmo que à taxa de juro líquida de 2% ao ano, terá amealhado aproximadamente 6.300 euros ao fim de 5 anos, 13.300 euros ao fim de 10 anos e 21.000 euros ao fim de 15 anos. E é bom notar que estes cenários se baseiam em dois pressupostos conservadores: o de que o rendimento da pessoa se mantém estável nos 1.000 euros mensais e o de que a taxa de juro se mantém estável nos 2%. Admitindo cenários mais favoráveis, ou seja, rendimentos e taxas de juro superiores (a propósito: mais cedo ou mais tarde, as taxas de juro voltarão a subir – para o bem e para o mal...) os resultados serão ainda mais animadores. É impossível viver com 90% do rendimento? Na maioria dos casos, não é, certamente. Como diz o autor da referida obra: “aquilo a que chamamos as nossas despesas indispensáveis aumenta sempre na razão directa dos nossos rendimentos, a menos que contrariemos essa tendência”. De facto, há sempre despesas onde é realmente possível cortar. Que me perdoem os fumadores, mas (para ilustrar apenas este exemplo) 100 euros equivalem sensivelmente a um maço de tabaco por dia (e já nem refiro os restantes benefícios associados, nomeadamente ao nível da saúde – do próprio e dos outros).
... e a importância de fazer orçamentos pessoais ou familiares
Outro hábito (simples) que os portugueses não têm é o de fazer orçamentos pessoais ou familiares. Proponho-lhe que experimente um exercício ainda mais simples do que elaborar um orçamento pessoal: pura e simplesmente anotar detalhadamente todas (mas mesmo todas) as suas receitas e despesas durante um mês. Depois, analise cuidadosamente as despesas, procurando identificar aquelas que (em boa verdade) poderia não ter efectuado. Certamente ficará surpreendido! Vai concluir que pode realmente poupar algumas dezenas de euros...
A importância de poupar...
Há dias, pela mão amiga do meu colega Alfredo Simões, foi-me sugerida a leitura de um livro muito interessante, referenciado neste blogue como sendo um livro que precisamos de ler: “O Homem Mais Rico da Babilónia”, escrito por George S. Clason há mais de 80 anos que, em curtas histórias, apresenta (entre outras coisas) “sete soluções para carteiras vazias”. A primeira solução consiste em poupar 10% do rendimento. Como acontece com quase todas as ideias realmente simples, também esta é fantástica. Uma pessoa que tenha rendimentos mensais de 1.000 euros, se poupar e investir todos os meses 100 euros, mesmo que à taxa de juro líquida de 2% ao ano, terá amealhado aproximadamente 6.300 euros ao fim de 5 anos, 13.300 euros ao fim de 10 anos e 21.000 euros ao fim de 15 anos. E é bom notar que estes cenários se baseiam em dois pressupostos conservadores: o de que o rendimento da pessoa se mantém estável nos 1.000 euros mensais e o de que a taxa de juro se mantém estável nos 2%. Admitindo cenários mais favoráveis, ou seja, rendimentos e taxas de juro superiores (a propósito: mais cedo ou mais tarde, as taxas de juro voltarão a subir – para o bem e para o mal...) os resultados serão ainda mais animadores. É impossível viver com 90% do rendimento? Na maioria dos casos, não é, certamente. Como diz o autor da referida obra: “aquilo a que chamamos as nossas despesas indispensáveis aumenta sempre na razão directa dos nossos rendimentos, a menos que contrariemos essa tendência”. De facto, há sempre despesas onde é realmente possível cortar. Que me perdoem os fumadores, mas (para ilustrar apenas este exemplo) 100 euros equivalem sensivelmente a um maço de tabaco por dia (e já nem refiro os restantes benefícios associados, nomeadamente ao nível da saúde – do próprio e dos outros).
... e a importância de fazer orçamentos pessoais ou familiares
Outro hábito (simples) que os portugueses não têm é o de fazer orçamentos pessoais ou familiares. Proponho-lhe que experimente um exercício ainda mais simples do que elaborar um orçamento pessoal: pura e simplesmente anotar detalhadamente todas (mas mesmo todas) as suas receitas e despesas durante um mês. Depois, analise cuidadosamente as despesas, procurando identificar aquelas que (em boa verdade) poderia não ter efectuado. Certamente ficará surpreendido! Vai concluir que pode realmente poupar algumas dezenas de euros...
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