Quando tomo conhecimento de notícias sobre o desemprego e me coloco no lugar destas pessoas, para além de óbvia preocupação como vão passar a lidar com a sua subsistência, uma das questões que mais me intriga é como é que estas suprimem a falta das pessoas e das coisas com as quais conviviam diariamente.
Todos nós, independentemente, de gostarmos muito ou pouco do trabalho que fazemos e das pessoas com que lidamos, temos determinadas rotinas a que nos habituamos e das quais precisamos.
Todos nós temos uma rotina, seja tomar o pequeno-almoço no mesmo sítio, apanhar todos os dias o mesmo autocarro e reencontrar as mesmas caras, passar pelo supermercado para comprar qualquer coisa que falta em casa... Todos temos aquele amigo ou colega a quem contamos as trivialidades (ou não) da nossa vida, e de repente, de um dia para o outro, perder tudo isso sempre me fez alguma confusão! Como será acordar uma manhã e perguntar, e agora? Quem lê este artigo deve estar a pensar que a vida contínua e que não se deve desistir! Sim, eu sei, não se deve baixar os braços e deve-se partir à procura, o que não é, como sabemos, uma tarefa fácil. Mas, então e os espaços e as pessoas de todos os dias, a rotina? Quem é que, agora, nos fará sentir úteis? A minha sugestão é, tentar encontrar uma outra rotina! Estabelecer para si um novo horário, fazer novas amizades, reencontrar conhecidos, fazer aquilo que nunca teve tempo! Porque não aproveita o tempo disponível e não faz trabalho de voluntariado? Hospitais, creches, centros de dia, associações culturais, e de defesa de animais, entre outras são lugares, são sítios onde os voluntários são sempre precisos! Afinal não é difícil encontrar algo que nos torne úteis e que nos fará certamente sentir únicos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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