Tenho dedicado, neste espaço, algumas notas ao tema do empreendedorismo, como forma de estímulo e apoio a quem, pela sua própria natureza, veja no desenvolvimento de uma actividade empresarial a sua forma de vida ou àqueles que, pelo facto de se verem privados de trabalho, queiram encarar o lançamento do seu próprio negócio como uma nova saída profissional.
Quando questiono os meus alunos finalistas que se vão lançar no mundo do trabalho, ou pessoas que, por circunstâncias diversas, estão desempregadas, sobre se já encararam a possibilidade de lançar o seu próprio emprego, quase sempre obtenho como resposta: “Mas para isso é preciso ter dinheiro!”
Quando questiono os meus alunos finalistas que se vão lançar no mundo do trabalho, ou pessoas que, por circunstâncias diversas, estão desempregadas, sobre se já encararam a possibilidade de lançar o seu próprio emprego, quase sempre obtenho como resposta: “Mas para isso é preciso ter dinheiro!”
De facto, para lançar um negócio é sempre necessário algum dinheiro. Nesse sentido, esta nota destina-se a abordar o MICROCRÉDITO como uma forma possível de financiamento destinada a apoiar pessoas que pretendam lançar a sua própria actividade económica através de um pequeno investimento. Deste instrumento, poderão também beneficiar as PME existentes há menos de três anos que apresentem projectos de investimento de pequena dimensão.
Trata-se de um empréstimo destinado a quem não tendo acesso ao crédito bancário normal, não possua incidentes bancários activos, esteja desempregado ou em riscos de perder o emprego, tenha uma boa ideia que sustente um negócio com perspectivas de sucesso, possua competências adequadas e revele uma forte vontade e capacidade de iniciativa.
O montante máximo do empréstimo concedido pode variar entre 10 mil e 25 mil euros, com um período de reembolso que poderá ir até 48 meses e com uma taxa de juro indexada à Euribor (3 meses), acrescida de um spread da ordem dos 2 a 3%.
Para além de um modo de financiamento, o microcrédito apresenta-se também como uma forma de apoio na preparação do dossiê de investimento e na resolução de eventuais problemas de gestão que se venham a levantar no futuro. Este instrumento encontra-se protocolado entre a ANDC - Associação Nacional de Direito ao Crédito (ver http://www.microcredito.com.pt) e várias instituições do sistema bancário. Também o programa FINICIA lançado pelo IAPMEI (ver http://www.iapmei.pt/), e que abordarei numa próxima nota, poderá prestar apoio no âmbito do microcrédito e facilitar o acesso ao financiamento à criação de empresas e às empresas de menor dimensão que tradicionalmente apresentam maiores dificuldades na sua ligação ao mercado financeiro.
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