Como prometido, hoje reflectimos sobre a utilidade da informação proporcionada pela Contabilidade ao órgão de gestão relativa às operações do dia-a-dia.
Nos tempos que correm, quem tem informação atempada, útil e relevante, tem vantagem competitiva sobre os restantes. Hoje, há condições excepcionais para que patrões e empregados rumem para o mesmo sítio – o sucesso da empresa. Os primeiros pretendem que a sua empresa tenha sucesso, nestes tempos que são difíceis, não fechando a porta, e os segundos pretendem assegurar o seu posto de trabalho, não cair numa situação de desemprego.
Há que aproveitar esta onda e ‘surfar’ para o sucesso!
Como? É imprescindível conhecer e analisar a informação contabilística da empresa. Neste ponto, mesmo não possuindo conhecimentos técnicos, o Técnico Oficial de Contas (TOC) tem o dever os facultar (obrigação que advém do seu órgão regulador, por via do Estatuto dos TOC), desmistificando mapas e números. Tal como na gestão das contas familiares, há que conhecer a situação actual, a evolução do passado e, com base nessa análise, projectar o futuro. Só temos de saber as operações aritméticas básicas: somar, subtrair, multiplicar e dividir.
Na posse dessa informação, detalhada e útil, o órgão de gestão está em condições de tomar decisões, sem que previamente tenha ‘escutado’ quem está no terreno, os seus trabalhadores. Não é necessário começar do zero, isto é, reorganizar ignorando o passado. O que é necessário é mudar comportamentos, de uns e outros, e todos contribuírem para o bem comum. Parece uma das ‘frases feitas’ que se vão lendo por aí, não é? Pois, mas é mesmo assim. Em relação a cada tarefa do dia-a-dia, por mais insignificante que pareça, questionar: como pode ser realizada mais eficientemente (fazer mais com menos!)? Sabemos que basta uma pequena poupança numa tarefa repetitiva (um ‘papel’ que deixa de circular, substituído por outro em meios informáticos, repetição, em todo ou em parte, de uma tarefa …) para a empresa ‘ganhe’, eliminando desperdícios. A palavra de ordem deve ser a co-responsabilização nas soluções dos problemas.
Há empresas (geralmente grandes empresas) que promovem ‘concursos de ideias’ entre os seus empregados, premiando as melhores e as piores ideias – estas últimas, por mais disparatadas que pareçam, são geradoras de ‘novas ideias’.
Há condições únicas para a mudança de comportamentos. Há que aproveitar a onda!
Isabel Martins
Docente de Contabilidade e Auditoria na ESTGV
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