No actual cenário de crise económico-financeiro e numa altura em que nos preparamos para “sentir na pele” os efeitos das medidas de austeridade aprovadas pelo estado português, torna-se ainda mais importante destacar aspectos, acontecimentos, eventos, etc., que possam ajudar o cidadão comum a enfrentar os tempos difíceis (ou melhor, ainda mais difíceis) que se avizinham num futuro próximo.
Neste contexto, queria deixar aqui uma breve referência a um projecto que, apesar de não constituir uma novidade, talvez nos possa vir a ser útil. Trata-se do projecto “Dolceta”. O objectivo deste projecto, que é apoiado pela Comissão Europeia, é informar os cidadãos sobre os seus direitos, nas mais diversas áreas, de modo a ajudar a prepará-los para tomar decisões conscientes e adequadas no seu dia-a-dia.
O “Dolceta” constitui então um sítio electrónico de educação do consumidor (http://www.dolceta.eu), com versões escritas em 21 idiomas para os 27 países da União Europeia (onde, naturalmente, se inclui o português). Apresenta informação numa linguagem acessível, na forma de artigos, material didáctico, possuindo também ferramentas e testes interactivos para testar os conhecimentos do cibernauta. Neste sítio electrónico podemos encontrar informações sobre: direitos dos consumidores, serviços financeiros, segurança dos produtos, consumo sustentável e serviços de interesse geral (electricidade, gás, transportes, etc.).
Todavia, este sítio electrónico não se encontra apenas vocacionado para o cidadão consumidor. Poderá também ser útil para organizações de consumidores, ONG’s (organizações não governamentais) e PME’s (Micro, Pequenas e Médias Empresas), na medida em que poderá constituir uma ferramenta de referência para trabalhar com clientes e funcionários. Além disso, poderá ser de especial utilidade para professores e formadores (sobretudo para professores dos ensinos básico, secundário e de educação de adultos), já que se poderão encontrar (numa área criada exclusivamente para o efeito) propostas de planos de aula, fichas, materiais de apoio, ferramentas, questionários, jogos, etc., que poderão ser utilizados em diversas áreas curriculares (economia, matemática, finanças, formação cívica, …).
Em suma, de modo a enfrentarmos os tempos difíceis que se avizinham, todas as ajudas são bem-vindas. Todavia, talvez uma das melhores ajudas que poderemos dar a nós próprios é mantermo-nos informados, “educados” nos mais diversos domínios, de modo a tomarmos decisões ponderadas, conscientes e adequadas no nosso quotidiano. O ideal mesmo seria não só realizarmos essa tarefa, mas também divulgar esta mensagem aos nossos filhos, aos nossos amigos, aos nossos colegas de trabalho e, obviamente, no caso dos professores e formadores, aos alunos. Tal como diz um muito acertado provérbio chinês: “melhor do que dar um peixe, é ensinar a pescar”…
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