sábado, 28 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Clareza no Pensamento (Video) 19. Pequenos Hábitos de Poupança

Ilídio Silva fala sobre pequenos hábitos de poupança.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Turismo e os Produtos Tradicionais de Qualidade da Região Dão / Lafões

O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) identifica a Gastronomia e Vinhos como um dos 10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do Turismo em Portugal, sendo encarado pela Turismo Centro de Portugal como um produto que é necessário promover e dinamizar.
A importante herança cultural da região Dão Lafões sustenta uma gastronomia rica e variada, associada ao cultivo da vinha, com destaque para o vinho do Dão. Os produtos tradicionais de qualidade assumem, cada vez mais, um papel importante para os turistas e a população residente e estão sujeitos a um rigoroso controlo por uma entidade certificadora, designada por Organismo Privado de Controlo e Certificação (OPC) e apresentam-se devidamente rotulados, podendo surgir no mercado com as seguintes denominações: Denominação de Origem Protegida (DOP); Indicação Geográfica Protegida (IGP) ou Especialidade Tradicional Garantida (ETG).
Dos 27 produtos tradicionais de qualidade apresentados pela DRAP Centro (http://ptqc.drapc.min-agricultura.pt/home.htm), escolhemos 9 por serem possíveis de encontrar em alguns dos 14 concelhos que integram a região Dão Lafões.
- Cabrito da Gralheira (IGP): Castro Daire, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul e Vila Nova de Paiva;
- Borrego da Serra da Estrela (DOP): Carregal do Sal;
- Vitela de Lafões (IGP): Castro Daire, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Viseu e Vouzela;
- Carne Arouquesa (DOP): Castro Daire, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela;
- Maçã Bravo de Esmolfe (DOP): Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva e Viseu;
- Maçã da Beira Alta (IGP): Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela;
- Castanha do Souto da Lapa (DOP): Aguiar da Beira;
- Queijo Serra da Estrela (DOP): Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Tondela e Viseu;
- Requeijão Serra da Estrela (DOP): Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Tondela e Viseu.
Tendo em conta a riqueza gastronómica da região Dão Lafões, ficámos intrigados com a lista apresentada pela DRAP Centro. Se os Ovos Moles de Aveiro já são certificados como IGP e os Pastéis de Tentúgal estão na lista dos produtos candidatos, porque não constam os Pastéis de Feijão de Mangualde, os Pastéis de Vouzela, ou as Castanhas de Ovos de Viseu?
Aqui fica o nosso apelo… e já agora, opte sempre por consumir produtos tradicionais certificados e contribua para o desenvolvimento económico da região Dão Lafões.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Clareza no Pensamento (Video) 18. A taxa de desemprego: algumas questões

Joaquim Simões esclarece alguns aspectos relacionados com a taxa de desemprego.

Clareza no Pensamento (Video) 17. A aplicação financeira ideal

Haverá uma aplicação financeira ideal? Ilídio Silva aborda este tema.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Taxas de juro e ilusão monetária

Por força das incertezas e receios induzidos pela crise que atravessamos, muitas pessoas procuram baixar o risco das aplicações das suas poupanças, refugiando-se em activos mais seguros, nomeadamente depósitos a prazo. Muitas consideram, porém, que as taxas de juro daquelas aplicações são manifestamente baixas e consideravelmente inferiores às praticadas antes da crise. Em boa verdade, este entendimento traduz, em alguns casos, o chamado fenómeno da ilusão monetária. É que aquilo que se deve considerar como baixas são as taxas de juro nominais. Quanto às taxas de juro reais (aquelas que, no fundo, deveriam determinar as opções dos indivíduos), isso já não será tanto assim. Importa, pois, clarificar estes aspectos.

A ilusão monetária acontece quando, ao pensarmos em termos nominais, não incorporamos devidamente a dimensão da variação dos preços (inflação) nos nossos raciocínios, o que pode levar-nos a conclusões (e eventuais decisões) menos correctas.
Vejamos um exemplo concreto, com aplicação às referidas taxas de juro (não considerando aqui, por facilidade de análise, os eventuais encargos fiscais sobre os juros).
Admita-se que no início de 2007 (antes da crise) determinado indivíduo efectuou um depósito a prazo de um ano à taxa de juro (nominal) de 4,5%, no montante de 100 euros. No vencimento (final de 2007) o indivíduo recebeu 104,5 euros (100 de reembolso do capital e 4,5 de juros). Em Portugal, a taxa de inflação média foi, em 2007, de 2,5%, significando que aquilo que se comprava, em média, com 100 euros no início do ano, custava no final de 2007, em média, 102,5 euros. Resulta daqui que o referido depositante para recuperar, no final de 2007, o poder de compra associado aos 100 euros inicialmente depositados, teria que receber 102,5 euros. Como recebeu 104,5 euros, então, em termos reais (juro real), o seu ganho corresponde ao poder de compra associado a 2 euros (diferença entre 104,5 e 102,5).
Admita-se agora que, no início de 2009, o mesmo indivíduo efectuou um novo depósito (a um ano) de 100 euros, a uma taxa (nominal) de 1,5% (manifestamente inferior, portanto, ao valor de 2007). No final de 2009, o indivíduo receberá 101,5 euros. Não se conhece ainda a taxa de inflação para 2009, para Portugal. No entanto, tendo em conta a evolução dos preços nos últimos meses (com variações negativas), estima-se que a mesma seja negativa. As previsões de Outono da União Europeia (de Outubro) apontam para uma taxa de inflação negativa em 1%, enquanto o Banco de Portugal (Boletim Económico de Verão, Julho 2009) prevê um valor negativo em 0,5%. Se assumirmos esta última estimativa, ela significa, genericamente, que aquilo que custava, em média, 100 euros no início de 2009, custará no final do ano, em média, 99,5 euros. Como o depositante receberá 101,5 euros, então, em termos reais, o juro corresponderá ao poder de compra associado a 2 euros (diferença entre 101,5 e 99,5). Ou seja, se em termos nominais as taxas são claramente distintas nos dois casos (4,5% e 1,5%), já em termos reais os ganhos (as taxas) são equivalentes. Se porventura os preços caírem mais que o previsto pelo Banco de Portugal, o depósito correspondente à segunda situação poderá até gerar um juro real superior ao do primeiro caso.
Importa pois considerar devidamente estes aspectos nas nossas opções.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pequenos hábitos de poupança

No passado dia 31 de Outubro comemorou-se mais um Dia Mundial da Poupança. Sobretudo em tempos de crise, esta data poderia servir de motivo para repensarmos um pouco os nossos hábitos de poupança. Este artigo pretende assim expor algumas dicas e conselhos úteis acerca do nosso comportamento perante a poupança.

Pagar primeiro a nós próprios

Esta ideia significa que, quando recebemos periodicamente os nossos rendimentos (normalmente, o nosso ordenado), antes de realizarmos qualquer pagamento a outros, devemos primeiro retirar uma percentagem dos rendimentos (digamos, 10%) para uma conta poupança ou de investimentos. Em grande parte das vezes, o que importa não é quanto dinheiro ganhamos, mas sim quanto dinheiro conseguimos poupar.

Controlar o nosso cash-flow

A ideia é muito simples: acompanhar periodicamente (mensalmente, semanalmente ou, se possível, diariamente) as entradas e saídas de dinheiro, de modo a tentarmos saber para onde vão as nossas disponibilidades financeiras. Se realizarmos este controlo será muito mais fácil identificarmos as despesas que poderemos eliminar e, consequentemente, pouparmos.

Evitar contrair dívida

Perante o aumento significativo da oferta de crédito ao consumo por parte das instituições financeiras, e sobretudo no actual cenário de baixas taxas de juro, a compra com recurso ao crédito é uma tentação. Todavia, os encargos que passamos a ter que suportar com esse recurso ao crédito acabam por constituir um “fardo” que só vem complicar ainda mais as nossas tentativas de realizar poupança. Além disso, devemos também preocupar-nos em pagar a 100% as dívidas dos cartões de crédito, recorrendo apenas ao período de crédito gratuito, ter cuidado com a utilização dos saldos a descoberto das contas-ordenado e, sempre que possível, amortizar dívida.

Poupar numa perspectiva de longo prazo

Normalmente quem poupa (e quando poupa!...), fá-lo numa perspectiva de curto prazo, sem olhar para o longo prazo. Mas porque será que quando se trata de contrair empréstimos (sobretudo, o crédito à habitação) conseguimos pensar a longo prazo e na altura de poupar não? O esforço financeiro que teremos que fazer periodicamente para amealharmos uma quantia que nos permita gozar tranquilamente a nossa reforma será tanto maior quanto mais tarde começarmos a poupar.

Em suma, por vezes é necessário abdicar um pouco no presente de modo a tentar melhorar o nosso futuro, que infelizmente se apresenta cada vez mais incerto…